Quando falamos de mulheres diretoras de cinema, infelizmente ainda são poucos os nomes que pipocam na nossa cabeça: Sophia Coppola, Kathryn Bigelow, Penny Marshall e Patty Jenkins. A verdade é que, em pleno século XXI, Hollywood ainda é uma indústria muito machista, desde as diferenças salariais entre homens e mulheres até a diferença no volume de filmes protagonizados por cada um dos sexos.
Para diminuir este abismo entre homens e mulheres, atrizes como Jessica Chastain, Queen Latifah, Reese Witherspoon, Viola Davis e Kerry Washington estão abrindo suas próprias produtoras e empresas de mídia com foco em mulheres – as duas últimas da lista especificamente em mulheres negras.
Enquanto esperamos uma participação mais expressiva das mulheres atrás das câmeras, podemos aproveitar muitas produções dirigidas por mulheres, embora nem sempre as pessoas saibam disso. Separamos aqui alguns títulos:
Diretora: Jane Campion
Natural da Nova Zelândia, Jane Campion começou a dirigir filmes na década de 1980 e foi apenas a segunda mulher a ser indicada na categoria de Melhor Direção no Oscar, por O Piano. O filme levou os Oscars de Melhor Atriz, para Holly Hunter, Melhor Atriz Coadjuvante, para Anna Paquin e Melhor Roteiro Original, para a própria Jane.
Diretora: Mary Harron
A canadense Mary Harron possui mais de 25 créditos como diretora, a maioria em episódios de séries de TV. Antes de trabalhar com cinema ela era jornalista que cobria matérias sobre rock e foi a primeira a entrevistar os Sex Pistols para uma publicação norte-americana.
Diretora: Kimberly Peirce
Kimberly começou a produzir curtas na década de 1990 e o seu primeiro longa foi Meninos não choram, que rendeu o primeiro Oscar de Melhor Atriz a Hillary Swank. Ela também dirigiu o remake de Carrie, a estranha, adaptação da obra de Stephen King.
Diretora: Lynne Ramsay
Natural de Glasgow, na Escócia, Lynne ganhou um BAFTA em 2013 pelo curta-metragem Swimmer. Ela foi treinada como operadora de câmera e o seu filme Precisamos falar sobre o Kevin foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Atriz para Tilda Swinton.
Diretora: Maren Ade
A alemã Maren Ade estudou cinema em Munique e já produziu mais de 20 filmes. Seu filme Toni Erdman foi indicado ao Oscar, ao Globo de Ouro e ao BAFTA de Melhor Filme Estrangeiro, mas acabou não levando nenhum destes prêmios.
Diretora: Julie Taymor
Sabe aquele musical lindo cheio de músicas dos Beatles? Então, foi dirigido por uma mulher. Julie Taymor também dirigiu Frida, que ganhou dois Oscars, de Canção Original e Melhor Maquiagem, e foi indicado a outras 4 categorias. Across the Universe recebeu uma indicação por Melhor Figurino. Julie também já ganhou dois Tony Awards, incluindo o de direção, pelo musical O Rei Leão, em cartaz na Broadway.
Diretora: Kathryn Bigelow
Sim, todo mundo se lembra de quando Kathryn Bigelow levou o Oscar de Melhor filme por Guerra ao terror, desbancando o ex-marido James Cameron que concorria na mesma categoria com Avatar (que dia lindo foi esse!). Mas depois disso ela dirigiu o filme sobre a captura do Bin Laden, estrelado pela Jessica Chastain (que deveria ter levado o Oscar de Melhor Atriz). O filme chegou a ser indicado em cinco categorias, mas acabou levando só o de Edição de som.
Diretora: Penny Marshall
Lembra daquele filme da Sessão da Tarde em que o Tom Hanks queria virar adulto, com a icônica cena dele dançando em cima do piano? Também dirigido por uma mulher. Penny Marshall é a irmã mais nova do diretor Garry Marshall (que fez Uma linda mulher) e a primeira mulher a dirigir um filme que fez mais de R$ 100 milhões em bilheteria, justamente com Quero ser grande.
Diretora: Lone Scherfig
Natural da Dinamarca, Lone Scherfig começou a dirigir na metade da década de 1985 e já possui pelo menos 17 produções nesta função. O filme Educação é escrito por Nick Hornby (autor de Alta fidelidade) e foi indicado a três Oscars naquele ano: Melhor Filme, Melhor Atriz, para Carey Mulligan, e Melhor Roteiro Adaptado.
Diretora: Debra Granik
Debra Granik é uma diretora relativamente recente em Hollywood: ela dirigiu o seu primeiro curta em 1997 e longa apenas em 2004. Seu segundo longa-metragem, Inverno da Alma, foi indicado a quatro Oscars nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Jennifer Lawrence), Melhor Ator (John Hawkes) e Melhor Roteiro Adaptado.
Diretora: Ava DuVernay
O filme sobre as caminhadas lideradas por Martin Luther King pelos direitos civis foi dirigido por Ava DuVernay. Ela já participou da produção de filmes como Homem Aranha e Eu, Robô e agora está assinando suas próprias produções, como é o caso de Selma e do documentário A 13ª emenda, produzido por ela. Ava foi indicada ao Oscar por este documentário e por Selma foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor direção.
Diretora: Tamara Jenkins
O devastador filme sobre os desentendimentos dos irmãos Savage foi dirigido por Tamara Jenkins, que também assina o roteiro do filme. A produção foi indicada aos Oscars de Melhor Atriz (Laura Linney) e Melhor Roteiro Original.
Diretora: Julia Ducornau
O indigesto filme que aborda canibalismo foi dirigido pela francesa Julia Ducornau e este é seu primeiro longa-metragem. Ela é formada como roteirista e seu longa de estreia chegou a ser premiado em Cannes.
Diretora: Lisa Cholodenko
Com cerca de 13 créditos como diretora, Lisa Cholodenko assinou muitas produções para a TV e curtas. O filme Minhas mães e meu pai também foi escrito por ela, que o dedicou a sua parceira, já que as duas também possuem um filho por meio de banco de esperma. O filme foi indicado a quatro Oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor Atriz (Annette Benning), Melhor Ator Coadjuvante (Mark Ruffalo) e Melhor Roteiro Original.
Diretora: Penelope Spheeris
Penelope é puro rock’n’roll! Antes de se dedicar ao cinema, ela abriu a primeira produtora de videoclipes de rock de Los Angeles. Além de Quanto mais idiota melhor, ela também dirigiu filmes como Os Batutinhas e A família Buscapé. Graças a ela temos o meme de cantar Bohemian Rhapsody no carro.