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7 Referências para o filme do Coringa

O segundo spin-off do universo do Batman nas telonas promete não ser um filme de quadrinhos convencionais. Fora da fórmula de super-herói, a produção de Coringa, estrelada por Joaquin Phoenix, promete ser uma mistura de drama e thriller cheia de influências cinematográficas. Listamos aqui algumas das principais referências para o filme do Coringa:

1. A Piada Mortal

A primeira e mais essencial de todas é esta graphic novel escrita por Alan Moore e ilustrada por Brian Bolland. Publicada originalmente em 1988 foi a primeira história a ampliar a personalidade do Coringa, explicando a origem do vilão e sua trajetória em direção à loucura. Esta versão é tida como oficial até hoje no universo do Batman e os produtores de Coringa listam esta como uma das obras que influenciou o filme.

2. O Rei da Comédia

Esta comédia de humor negro dirigida por Martin Scorsese também exerce forte influência para esta versão do Coringa. No filme de 1982 o aspirante a comediante Richard Pupkin (Robert De Niro) é tão obcecado pelo ídolo Jerry Langford (Jerry Lewis, inspirando o próprio personagem) que simula uma amizade com ele – só que tudo isso apenas na cabeça de Pupkin. Após ser repetidamente rejeitado, ele resolve sequestrar Jerry e em troca quer se apresentar com seu número de comédia no programa do ídolo. A ironia é que em Coringa o próprio De Niro é o apresentador de um talk show que dá a Arthur Fleck (vulgo Coringa) a sua grande chance.


3. Taxi Driver

Mais um filme do Scorsese, mais um protagonista mentalmente perigoso, mais uma vez o Robert De Niro. Em Taxi Driver ele interpreta um veterano de guerra com problemas de insônia que trabalha como taxista à noite. Ele tem opiniões bem peculiares sobre o que está certo e errado no mundo e usa a “decadência da sociedade” como combustível para sua atitude violenta. Tudo indica que esta será a desculpa para a loucura perversa do Coringa neste filme.

4. Touro Indomável

Scorsese, De Niro e mais um macho problemático como protagonista. O filme conta a história do boxeador Jake LaMotta, que tem rompantes violentos contra a própria família. Nos ringues todo esse sangue no olho o ajuda a se tornar campeão, mas a sua vida particular acaba sofrendo da mesma violência, alimentada pela insegurança e ciúme que ele sente (e não admite). Enfim, mais um “homem difícil” que só não sabe lidar com as próprias emoções – muito provavelmente como deve ficar este Coringa.

Referências para o filme do Coringa que não são oficiais

As referências citadas até aqui são citadas pelos produtores como inspirações oficiais para o filme. As obras listadas a seguir não chegam a ser abertamente citadas pelos produtores, mas a gente acha que tem tudo a ver com o filme e com o próprio Coringa. Olha só:

5. Um dia de cão

Neste filme de Sidney Lumet Al Pacino e John Cazale são uma dupla de assaltantes que protagoniza um roubo a banco. Com zero planejamento e experiência no assunto, o que era pra ser apenas um assalto acaba se estendendo para um sequestro de todos os funcionários, com direito a policiais na porta, circo midiático e tentativa de fugir pelo aeroporto. A dinâmica dos dois personagens é bem interessante, com um sendo o porta-voz, que “arquiteta” tudo e com personalidade mais expansiva e o outro mais introvertido, mas provavelmente mais perigoso e imprevisível com uma arma na mão.O Coringa surge da união destas duas personalidades. Além disso, no filme os dois chegam a ser aplaudidos pelas pessoas na rua e viram “subcelebridades” por um dia. Mais ou menos como os fãs do Coringa que, mesmo sabendo que se trata de um bandido, ainda ficam do lado dele.

6. Killer Clown Profile: Retrato de um assassino

O livro publicado no Brasil pela Darkside Books conta a história de John Wayne Gacy, que se vestia de palhaço em festas infantis mas que era na verdade um cruel serial killer. Além de ajudar a compor o imaginário de palhaços assustadores, a maquiagem de Gacy serviu de inspiração para a maquiagem do Coringa deste filme, até porque ele é ambientado na mesma época em que Gacy cometeu seus crimes. 

7. Tempos Modernos

Esta aqui é uma referência um pouco mais distante, mas que ainda faz sentido. O filme de Charles Chaplin foi praticamente uma resistência do ator ao cinema falado, sendo esta a sua última produção muda. No filme ele é um operário que se rebela contra as máquinas dos “tempos modernos”. Além de servir como uma metáfora a um Coringa que se volta contra o sistema, a música “Smile”, composta por Chaplin para este filme, toca no trailer de Coringa. Nada mais justo para um personagem que tem uma doença que o faz rir incontrolavelmente, ainda mais pelo fato de “Smile” ter uma melodia super triste.

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Imagens: © Warner Bros. Pictures / © 20thCentFox / © 1976 – Columbia/TriStar / United Artists / DarkSide Books / © 1936 – Warner Bros