O filme que popularizou as tradições de Halloween em todo o mundo e que transformou Michael Meyers em um dos principais filmes adolescentes ganhou infinitas continuações e reboots, mas nenhum deles à altura do original. Mesmo com baixo orçamento e alguns elementos datados, ninguém pode negar que o filme consagrou o subgênero slasher adolescente. Confira algumas curiosidades do Halloween clássico que fizeram do filme o que ele é hoje.
Filmado com um orçamento de apenas US$ 300 mil, o filme faturou US$ 47 milhões apenas nos Estados Unidos na época do seu lançamento. Atualmente isso equivaleria a cerca de US$ 150 milhões, o que faria de Halloween uma das maiores bilheterias entre os filmes independentes.
A escolha de Jamie Lee Curtis para o papel de Laurie foi uma forma de o diretor John Carpenter homenagear o clássico Psicose de Alfred Hitchcock, que inaugurou o subgênero slasher. Isso porque Curtis é filha de Janet Leigh, a protagonista assassinada no chuveiro (caso alguém não saiba, o pai dela é Tony Curtis, que fez muito sucesso entre as décadas de 1950 e 1960). Halloween foi o primeiro filme da atriz, que recebeu US$ 8 mil na ocasião. Outra possível homenagem (mas essa está mais no campo das teorias de fãs) é a de que o psiquiatra de Michael Meyers, Sam Loomis, seria o mesmo Sam Loomis de Psicose, o personagem que é o namorado de Marion Crane (Janet Leigh).
Originalmente este seria o nome do filme, que se passaria no período de alguns dias. Mas o orçamento curto fez com que a produção optasse em concentrar os eventos em apenas um dia, evitando, por exemplo, a troca de figurinos. A sugestão de fazer o filme se passar na noite mais assustadora do ano foi o que fez com que a história de John Carpenter tomasse um rumo (e economizasse mais uns trocados).
Não foi apenas o orçamento que foi econômico, o próprio período de gravação foi bem corrido. Todo o filme foi filmado em apenas 20 dias! A trilha sonora, composta pelo próprio John Carpenter, ficou pronta em apenas três dias!
Um dos atores cogitados para o papel do Dr. Loomis foi o legendário Christopher Lee, que recusou a proposta porque o salário seria muito baixo. Alguns anos depois ele admitiu que se arrependeu amargamente de ter recusado o papel.
Por questões de orçamento, o elenco foi convidado a utilizar suas próprias roupas na gravação do filme, sem um departamento de figurino. Jamie Lee Curtis comprou as roupas da sua personagem na J. C. Penney, o que seria equivalente a uma Riachuelo, por exemplo.
Ao longo de todo o filme Michael Meyers não fala e nem corre. Sim, ainda assim ele consegue tocar o terror e matar geral.
Os roteiristas do novo Halloween (esse de 2018), David Gordon Green (que também é diretor) e Danny McBride declararam que o novo filme não se trata de um remake ou de um reboot, ele é uma continuação direta do clássico de 1978. Ou seja, esqueça todas as sequências e bagunças que você viu nos últimos 40 anos, o único filme que vale aqui é o primeiro.
Veja também: 10 clássicos dos filmes de terror que assustam até hoje