A Disney é gay e não é de hoje

Vocês já devem estar por dentro da última polêmica da Disney perto do lançamento da versão live action de A Bela e a Fera, não é mesmo? Diante da declaração de que LeFou será o “primeiro personagem gay da Disney” já teve pastor propondo boicote e a Rússia (sempre ela) querendo banir o filme. Sim, isso em pleno 2017.A única coisa realmente surpreendente aqui é que essa galera precisou de uma declaração do diretor pra reconhecer algum personagem Disney como gay. I mean, essa gente obviamente nunca viu um filme da Disney na vida, né? Personagens gays sempre estiveram lá, eles só não escreveram na testa que eram gays (até porque, né? Não são obrigados!). Além do LeFou original, que a gente sempre soube que era apaixonado pelo Gaston, tem mais alguns que já deixaram o armário faz tempo:

Timão e Pumba (O Rei Leão)

Sempre que alguém quiser te dizer que casais gays não deveriam adotar, lembre-se do Timão, lembre-se do Pumba e de como os dois criaram um filhote de leão que se tornou o rei da selva. Admita, o relacionamento deles é melhor que o de muito casal que você vê por aí.

Governador Ratcliffe (Pocahontas)

Ele viajou para a América do Norte atrás de ouro a qualquer custo, mas a gente sabe bem que o que o Ratcliffe queria mesmo era ir direto pra Broadway estrelar um musical cheio de brilho! Suspeito que role uma paixonite reprimida pelo John Smith, aquele bofe maravilhoso.

Flor (Bambi)

Se você é do tipo que faz piadinha com Bambi e homossexuais, só tenho duas coisas pra dizer pra você: 1. A segunda série já passou faz tempo e 2. Assiste de novo e repare no gambá! Eu juro que fiquei confusa com a androginia do animal na primeira vez que assisti. Ele claramente era uma fêmea pra mim. Tinha a voz suave, cílios e se chamava Flor. I mean…

Francis (Vida de Inseto)

Outro que joga as nossas definições de gênero no lixo. É uma joaninha. Mas é um homem. Mas se veste de mulher. Mas fica bravo quando acham que ele é uma mulher… Sério, Francis. Assuma a drag que você é e seja feliz!

Elsa (Frozen)

Este aqui pode gerar uma certa polêmica porque, afinal, estamos mexendo com uma princesa Disney em um dos filmes mais populares do estúdio. Mas a verdade é que, lésbica ou não, a Elsa canta um hino de libertação com toda a letra de “Let it go”. Uma baita revisão de conceitos pra Disney para que as meninas se sintam livres para ser o que elas quiserem, e não uma princesinha perfeita.