Borat é muito 2006!
Quem assistiu Borat ou costumava se divertir (ou chocar) com Da Ali G Show, já sabe qual o lance do britânico Sacha Baron Cohen: constrangimento! Ele se constrange e ele me constrange. No pseudo-documentário de 2006 ele testou a intolerância dos personagens que coadjuvaram na trama. Em Brüno o teste é feito em você! Sim, você mesmo! Você que se acha super cool, sem preconceitos e completamente pra frentex está sendo testado nos 85 min da trama. Afinal, não é qualquer um vai se divertir com um lorão segurando um consolo em cada mão.
What the…?
Sim, é isso o que você se pergunta em boa parte do tempo. Na outra metade você ri! Resumidamente trata-se de um apresentador de TV / fashionista austríaco que, colocado na schwarz list de seu país, tenta ser famoso em Los Angeles. A essência é a mesma de Borat, no entanto, se você torceu o nariz para as bizarrices do repórter com um gosto peculiar para trajes de banho, já aviso: Brüno força muito mais a amizade! Confesso que nos primeiros minutos até achei que ele havia ultrapassado os limites do bom senso em uma história que nem era tão divertida assim. Contudo, suas piadas surgiram! Sim, mais ácidas e discretas do que o normal.
Spoilers
Para quem
É realmente pra frentex e capaz de entender as subjetividades das piadas. Além disso, não pode se constranger com facilidade.
Passe longe
Homofóbicos, politicamente corretos, conservadores e quem acha que tudo no cinema é arte. Às vezes umas risadas meio grotescas fazem bem.
Valeu?
Sim, mas se eu assistir de novo, pulo a parte do piloto feito por Brüno.