Finalmente os Estados Unidos admitem a pobreza contemporânea do país e levam para o cinema. Apesar do ar de fábula, Indomável Sonhadora retrata de forma crua a situação pela qual passam algumas comunidades no sul do país.
Qual é: Hushpuppy é uma menina de 6 anos que vive em uma comunidade pobre da Louisiana que está para ser inundada, em parte, por causa de uma represa construída na região. Ela é criada somente pelo pai, Wink, que está pra morrer. A criação dela é super “tough love” para que ela consiga sobreviver quando estiver sozinha. Apesar de ser uma fábula (ponto pros super javalis), aquele cenário é inspirado por comunidades de verdade, o que dá todo sentido ao tom documental do filme.
O que eu acho disso tudo: Aqui no Brasil já estamos acostumados com situações de miséria na telona, mas a atuação da menininha (cara, me recuso a escrever aquele nome de novo) e a maturidade da personagem merecem a nossa admiração. A história parece ter saído de um documentário pós-Katrina (que tem tudo a ver com o filme) e é uma das produções mais independentes e interessantes entre os indicados.
Indicações:
Melhor Filme
Melhor Atriz – Quvenzhané Wallis
Melhor Direção – Benh Zeitlin
Melhor Roteiro Adaptado
Qual vai ser: Pra um filme que quase ninguém ouviu falar, feito por um diretor estreante e um elenco de anônimos, até que fez bonito com quatro indicações nas principais categorias. Dificilmente leva algo, mas fico na torcida para que tanto o diretor quanto a Qjnvrjehhahaha Wallis continuem fazendo cinema. Poderia ter sido indicado a Melhor Edição também.
