… Quatro é abusar do bom gosto – Piratas do Caribe

Depois do resumão e de um final de semana regado a Piratas do Caribe, ontem eu finalmente fui assistir ao quarto filme da série (porque o cinema costuma ser mais tranquilo às segundas-feiras). Não posso dizer que tinha grandes expectativas. Como vocês viram no post anterior, eu meio que já estava preparada pro Rob Marshall avacalhar com o filme.

Hit the road, Jack

Assim, vamos ser justos: não é ruim… mas também não é bom. Pra quem estava acostumado com uma risada a cada 90 segundos da história, Navegando em águas misteriosas é bem frustrante. O próprio Jack Sparrow parecia mais retraído e focado no seu objetivo, ou seja: cadê a graça? Barbossa também perdeu parte do humor junto com a perna direita. O Gibbs é o único que ainda tem algo do humor discreto dos filmes anteriores.

Aliás, eu sou uma defensora dos coadjuvantes. São eles que realmente dão o toque em filmes como Piratas do Caribe. Provavelmente foi isso o que fez bastante falta dessa vez. Cadê a tripulação do Pérola Negra? Eles é que garantiam boa parte das risadas. Pra quem achava que o Jack sustentava toda a franquia… well, think again my friend.

Algumas considerações:

  • Penélope Cruz me desapontou. Personagem morno, pouco convincente e que tinha um papel menos importante do que muitos julgavam.
  • O 3D é bem fraco. Se puderem assistir da forma tradicional, recomendo.
  • Maior pecado: botaram o ator mais gato pra fazer papel de padre. Um pecado, Deus tá vendo isso, hein?
  • Os espanhóis ficaram super de escanteio… pela cena inicial achei que o papel deles seria mais decisivo.
  • O Keith Richards gravou sóbrio? Até o papel dele ficou sem graça.
  • Curti mesmo a participação da Judi Dench. É bem rápido, fiquem ligados!
  • O humor deixou de ser aquela coisa discreta e natural e deu espaço a uma forçada de barra triste.
  • Tem cena depois dos créditos! Assistam, é uma das sacadas mais legais do filme.
  • Rob Marshall: vai tirar umas férias e buscar a fonte da criatividade porque você tá precisando, hein?