Sing Street e a força da música em transformar a tristeza em leveza

    sing street


     

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    Os anos 80 foram transformadores para a música pop. Nasceu a MTV, a Madonna nos descreveu como era ser virgem e o Michael Jackson forçou todo mundo a fazer videoclipes legais depois de Thriller. Essa atmosfera musical, somada a um clima dos filmes do John Huges, é o que faz de Sing Street uma deliciosa viagem à década dos cabelos engraçados, delineadores e, é claro, ao agridoce tempo da adolescência.

    Ser adolescente é ótimo mas é foda, a gente sabe. No filme, Conor (Ferdia Walsh-Peelo) é o filho caçula de uma família se desmoronando emocionalmente e financeiramente. Por isso, ele é transferido para uma escola católica, daquelas bem rígidas e, obviamente, é perseguido por um valentão projeto de knacker. A sua válvula de escape é a música, que ele já curtia antes, mas passou a investir mesmo pra impressionar Raphina (Lucy Boynton), uma garota que mora perto da escola, é aspirante a modelo e tem um relacionamento problemático com o namorado.
     


     

    Para atrair a atenção de Raphina, Connor forma uma banda com outros meninos da escola que são meio que os “desajustados”, que não possuem nenhum grupinho popular. Com composições autorais e experimentais, a banda de Conor conta com a “orientação” do irmão mais velho dele Brendan (Jack Reynor), que largou a faculdade e não deixa o irmão mais jovem desistir dos seus sonhos.

    O legal aqui são justamente as experiências musicais do grupo, que leva o nome do filme (a escola deles fica na Synge Street). Com a multiplicidade de estilos dos anos 80, em pouco tempo eles passam por fases influenciadas por Duran Duran, A-ha, The Clash, The Cure, entre outros. Também tem referências legais dos filmes de adolescente da década, principalmente de De volta para o futuro em uma sequência específica.

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    A direção é de John Carney, responsável pelo ótimo Apenas uma vez e Mesmo se nada der certo, ambos destacados pelas trilhas sonoras. O que faz Sing Street tão legal é conseguir transformar uma história supostamente triste e pesada em algo leve e bem-humorado, com uma pitada extra de nostalgia sob medida para quem cresceu na década de 1980.

    Não é somente um filme adolescente sobre formar uma banda. É sobre ir atrás do seu sonho, não se deixar abater pelas pedras no caminho e utilizar a tristeza como combustível para fazer algo lindo. Neste caso, a música. Não é um filme revolucionário neste sentido, mas ainda assim ele consegue tocar. Em um mundo tão cínico e negativo, Sing Street é um refúgio confortável em um tempo em que tudo era mais divertido, criativo e, ainda assim, tudo parecia mais simples.

    Quem quiser entrar na vibe do filme pode ouvir a trilha completa no Spotify.

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    Veja também: Comédias para ver na Netflix

    Nota:

    Assista o trailer de Sing Street

    https://www.youtube.com/watch?v=C_YqJ_aimkM

    Imagem: © 2015 The Weinstein Company.


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