Tim Burton é um daqueles diretores inconfundíveis: seu estilo que mistura o macabro com a fantasia ganhou projeção no fim dos anos 1980 e ao longo dos anos 1990 e hoje se mantém vivo na obra do diretor, roteirista e produtor. Embora Burton pareça ter perdido um pouco do seu “viço” nas últimas produções, ele ainda é dono de um cânone invejável de filmes que mexem com o imaginário do público. Separamos aqui algumas de suas obras mais icônicas:
Embora não tenha dirigido a animação stop motion dos monstrinhos do Halloween organizando o seu primeiro Natal, o filme grita Tim Burton do início ao fim. Foi ele que produziu e concebeu todos os personagens, criando um universo que, mesmo após quase 30 anos, ainda encanta adultos e crianças que se divertem com o humor negro da trama. Um clássico que serve para o Halloween e o Natal.
Puxando mais para fantasia e deixando a roupagem gótica de lado, Peixe Grande parece ter sido escrito especialmente para a direção de Burton. O livro de Daniel Wallace que conta a jornada de um filho tentando descobrir o que era verdade e fantasia das histórias do pai ganha um tom ainda mais especial na telona. É visível o cuidado com a direção de arte e a forma com que a trama é contada, o que deixa tudo ainda mais encantador.
Não sei vocês, mas eu conheci Tim Burton com esse filme aqui nas infinitas reprises na Sessão da Tarde. E quer saber? Nunca me cansei dele. Em uma mistura de fantasia e terror, Tim Burton conta a história de um homem que foi “montado” por um velho inventor que vivia isolado em sua mansão. Só que o “pai” de Edward morreu antes que pudesse finalizá-lo, deixando sua criação com mãos feitas de tesouras. A descoberta de Edward do “mundo real” é uma mistura de terror, comédia e altos tons de melancolia que só Tim Burton poderia proporcionar.
Saindo um pouco de seu universo fantasioso, Tim Burton produziu um filme sobre o diretor de cinema Edward D. Wood Jr., que nunca conseguiu o reconhecimento que queria em Hollywood. Com a ajuda do ator Bela Lugosi, que já estava nas últimas da carreira, os dois começam a produzir uma série de filmes de baixo orçamento. Ed Wood conquistou dois Oscars naquele ano: o de Melhor Ator Coadjuvante para Martin Landau (que interpretou Lugosi) e Melhor Maquiagem.
Se você também falava o nome de Beetlejuice e se frustrava quando ele não aparecia, culpe Tim Burton! Além de também ter virado um clássico de Sessão da Tarde, o fantasma de terno listrado foi o principal responsável pelo reconhecimento de Tim Burton e de seu estilo macabro de contar histórias supostamente infantis. O filme também ganhou o Oscar de Melhor Maquiagem e deve ganhar uma continuação em breve.
Antes de todo o Universo Marvel, das correrias da DC e de toda a rixa entre as duas torcidas ter ido para o cinema existia o Batman de Tim Burton, que levou o vigilante de Gotham às telonas. Hoje o filme pode até parecer datado, mas foi um projeto ousado do diretor em uma época em que super-heróis eram um nicho de mercado pouco explorado no cinema. Graças a Tim Burton a gente se referiu ao Jack Nicholson como “o Coringa” por muito tempo. O filme ainda teve uma continuação que nos convenceu de uma Mulher-Gato loira com a Michelle Pfeiffer e nos entregou um dos melhores (se não o melhor) Pinguim com o Danny DeVito.
Uma das primeiras pinceladas de todo o universo macabro que Tim Burton poderia criar está em Vincent, um curta do diretor narrado por ninguém menos do que o ator Vincent Price. A história do menino que acreditava ser Vincent Price resume bem o sentimento de “crianças deslocadas” que se repete na obra de Burton e está cheio de pistas de personagens que o diretor viria a colocar em seus filmes, como Jack Skellington e Frankenweenie.
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