iQuevergonha – Steve Jobs
WARNING!
Antes de ler o conteúdo deste post você precisa saber duas coisas a meu respeito: SIM, acho os produtos da Apple muito bons e sou cliente deles. NÃO sou uma applewhore e não pago um pau desgraçado pro Steve Jobs. Agora podemos seguir com a programação normal…
Fui assistir Jobs semana passada no cinema sem muita esperança. Ashton Kutcher é um ator bem mediano que ainda não evoluiu pro drama, apesar de ter dado sorte com Efeito Borboleta, que me ganhou pelo roteiro. Um diretor desconhecido e a pressa de fazer um filme quando o corpo do cara nem tinha esfriado ainda também foram motivos que me deixaram com o pé atrás.
Depois de assistir, o pé continuou lá, intacto. O filme realmente é bem mais ou menos, como o Ashton Kutcher. Conta mais a criação da Apple, os primeiros produtos, primeiras vendas… enfim, se Steve Jobs fosse um super-herói, este seria o filme de origem pra uma trilogia de sucesso. Mas ele não foi. E eu sei disso porque o Stan Lee não estava escondido em lugar nenhum!
iVengers
Mesmo não achando que a maçãzinha da Apple deva ser comparada com a do Newton, acho que o Jobs merecia coisa melhor. Até o banana do Zuckerberg (nada contra o Facebook, tô com ele aberto aqui) ganhou um filme bem mais interessante, com roteiro rico, bons atores, boa direção e trilha sonora impecável. E olha que o bicho nem morreu ainda! Jobs é um filme raso que confunde a história do criador com a da criatura e não aprofunda em nenhum momento a psicologia por trás do protagonista. É um filme executivo, sem brilho, sem conflito, sem entender quem realmente foi Steve Jobs.
Mas nem tudo é desgraça. Gostei que não caíram naquela bobeira de que todo defunto é bom e mostraram o lado arrogante e estúpido do Stev-o, que ficou um tempão chutado da Apple por isso, pra quem não lembra. Só achei uma pena não terem explorado tão bem os últimos anos dele. Queria um pouco mais da pira iPod, iPhone, iPod, iPig, iPim…
Sobre a caracterização do Kutcher como Jobs: ele teve sorte de ser fisicamente parecido. Botar a franjinha pro lado e dar aquele sorrisinho contido não é segredo pra ninguém. Não consegui ver o Jobs nele, pra mim era o Ashton brincando de Apple o tempo inteiro. Até esperei um “you just got Punk’d” quando ele voltou pra Apple.
iHope que com o tempo e com a falta de criatividade de Hollywood em criar histórias novas, a do Jobs seja recontada com um pouco mais de competência e emoção (quem sabe umas porradas com Microsoft e Samsung…).
