E aí? Chorou em A culpa é das Estrelas?

    Volta a falar da gente pfvr

    Depois de muito relutar, finalmente fui assistir A culpa é das estrelas, fenômeno entre adolescentes e nem tão adolescentes assim. Um filme com muitas lições e a que mais me marcou foi “onde houver cópias legendadas, não te demores, pois logo elas sairão de cartaz”. Profundo e útil.

    Minha reação ao descobrir que o filme era dublado

    Minha reação ao descobrir que o filme era dublado

    Enfim, eu sei que pouca gente tá realmente interessada em saber o que eu achei do filme e só quer que eu responda à seguinte pergunta: “E aí? Chorou?”. Eu poderia discorrer sobre as fórmulas certeiras que a história tem para que todos saiam nadando nas lágrimas. Um protagonista cativante, uma doença fatal (várias, na verdade), uma viagem à Europa e o elemento mais forte de todos: o amor interrompido (que é o que mais nos emociona desde sempre). Pensei em focar neste aspecto da história, mas aí eu me lembrei que meio que já escrevi sobre o assunto aqui e que o post iria ficar muito longo, reunindo reuniria várias histórias que nos arrancaram lágrimas (Romeu e Julieta e Titanic são apenas os que eu me lembrei agora, a lista é bem maior). O que deixaria A culpa é das estrelas meio de lado e isso não seria muito justo.

    Mas respondendo à pergunta de todos vocês: não, eu não chorei no filme e posso listar os motivos. Pra quem acha que esse não é bem o propósito do blog, oh well, ele é meu e eu escrevo sobre o que quiser, falow? Tá, menos. Mas já que eu justifiquei quando chorei em Toy Story 3, acho justo justificar porque A culpa é das estrelas não vendeu nenhuma caixa de lencinhos pra mim.

    – Pressão pra chorar: é isso aí. Eu sempre fui meio do contra. Quando é pra chorar eu não consigo ter a mesma empatia pela história só pelo que as outras pessoas falam. Geralmente é uma fórmula que não me atinge tanto e envolve o lance do amor puro que é interrompido ainda na juventude. Mas então, o que me faz chorar? Nem eu sei responder porque já chorei nas ocasiões mais absurdas em filmes (Mamma Mia é só um exemplo). Pode envolver música, algo que provoque uma verdadeira identificação da minha parte ou, principalmente, algo que envolva sofrimento proveniente de injustiças.

    – Falta de identificação com a protagonista e com o romance: não sei o que vocês acham da história toda, mas eu achei a Hazel bem “inha”. Só gostei mesmo do filme (sim, eu gostei de verdade) por causa do Gus. Poxa, ele é o cara que toda mulher quer. Ele lida com os problemas dela numa boa, é bonitão, tem aquela aquele ar meio arrogante que a mulherada curte (e intimamente quer desconstruir) e faz de tudo pra que ela seja feliz. Se o relacionamento deles durasse um pouco mais, ele provavelmente se cansaria da insipidez dela e ela da arrogância dele.

     

    I told that bitch a metaphor. Bitches love metaphors.

    I told that bitch a metaphor. Bitches love metaphors.

    – Dublagem: sim, meus caros. Aposto que as frases de efeito que pipocam no filme teriam muito mais efeito se eu ouvisse dos próprios atores. A cena em que a Hazel sabe da morte do Gus é tocante, mas a dublagem meio que te traz pra terra novamente. Mas né? Nesse quesito eu tenho que assumir a minha parcela de culpa por ter demorado pra assistir (mas ainda acho que as distribuidoras e as empresas de cinema têm muito mais culpa por nos deixarem sem opção, apenas observando…).

    – Plateia chorosa: novamente, um dos motivos para a minha aridez tem a ver com o choro em si. Eu tive o privilégio de ter o meu sossego quebrado por uma plateia formada quase que exclusivamente por casais (em uma terra de panelas, eu era a única frigideira). Um destes casais estava na fileira da frente e a guria já começou a fungar um pouco antes do ápice choroso da trama. Quando essa hora finalmente chegou, ela chorou de uma forma tão catarrentamente nojenta que eu nem consegui me concentrar muito no filme. Fiquei mais preocupada com a jaqueta do namorado dela que deveria estar tensa ali na região do ombro.

    Dat girl

    Dat girl

    Mas de forma geral, é um filme bonitinho, com frases de efeito disparadas nos momentos certos, coadjuvantes legais (palmas pro Willem Dafoe, que me divertiu em todas as aparições) e um drama capaz de emocionar pelos mais diferentes motivos. Encaixando na escala de filmes adolescentes atuais, é melhor que Crepúsculo (o que não é difícil), mas ainda fica atrás de Jogos Vorazes.

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