Caminhos da Floresta | O retorno da cota Meryl Streep

    #partiu crítica



    Os contos de fada estão voltando com tudo pras telonas e não estou falando somente da dinastia de princesas Disney. Histórias dos Irmãos Grimm, como Branca de Neve e João e o pé de feijão, receberam algumas adaptações ao longo dos últimos anos e algumas delas em um tom mais adulto do que os tradicionais desenhos animados. Agora, imagina reunir Rapunzel, Chapeuzinho Vermelho, Cinderela e João e o pé de feijão num mesmo filme? Mais: todas as histórias se cruzam e são encenadas por estrelas como Meryl Streep, Johnny, Depp, Anna Kendrick, Emily Blunt e Chris Pine. Não pode dar errado, não é mesmo?

    Cena de Caminhos da floresta

    #partiu crítica

    Então, com grandes expectativas vêm grandes responsabilidades e, ao querer fazer tudo ao mesmo tempo (o filme também é um musical), Caminhos da floresta acabou se perdendo entre as árvores e não mostrou muito bem a que veio. Ok, até mostrou um pouco: tornar-se uma isca irresistível para as premiações de início de ano. Funcionou até certo ponto, mas até esse mérito eu acho questionável.

    A ideia do filme é reunir essas quatro histórias que eu já citei em um reino comum a todas elas (os príncipes da Cinderela e da Rapunzel são irmãos, por exemplo) e concentrá-las na figura central da bruxa má, interpretada pela arroz de Oscar Meryl Streep. Mas não só isso, a proposta é contar a história de uma forma um pouco mais sombria pra que o filme não fique estritamente infantil. E tem mais: a produção também quer agradar as crianças. Fora o fator “musical”, que eu também já comentei.

    Caminhos da floresta

    Everybody together e a vaca

    Enfim, ao tentar ser tudo isso ao mesmo tempo, a película de Rob Marshall acabou se perdendo bastante um pouco no interesse do público e deixou tudo ainda mais cansativo com as músicas meio redundantes. Quem me conhece sabe que eu amo musicais e acho super corajosa qualquer produção desse tipo depois dos anos 1930, mas as melodias de Caminhos da floresta são tediosas e não acrescentam muito à trama.



    Sobre as atuações, não tem nada de muito extraordinário. Meryl Streep só recebeu indicações pela Bruxa Má por motivos de: cota Meryl Streep. Isso existe, gente! A Academia procura qualquer desculpa pra indicar essa mulher! Chris Pine até me divertiu um pouco no papel de príncipe, mas me deixou confusa se ele estava se levando muito a sério ou se já estava tirando com a própria cara (prefiro acreditar na segunda hipótese). Já o Johnny Depp… então, eu não sei o que se passa com ele. Johnny, me ajuda a te ajudar, amigo! Não era pra ser assim.

    Johnny Depp em Caminhos da floresta

    Claro que o filme não é um completo desastre. Esteticamente, eu adorei a extravagância dos cenários, figurinos, maquiagem e penteados. Deviam criar um Oscar de Melhor Cabelo Azul só pra Meryl Streep ganhar esse também. Nota 10 pra direção de arte, tava tudo lindo. Pena que o roteiro não acompanhou.

    Resumindo: o filme é bonitinho, mas ordinário. Valeu o esforço, mas quem sabe um pouco mais de humildade no próximo ajude bastante. E músicas melhores. E mais perucas azuis!

    Meryl Streep em Caminhos da floresta

    Bitch, I’m fabulous!

    Veja também: Filmes para ver antes do Oscar 2015

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