O Hobbit: É bonitinho, mas…

    Tá lindo, tá Disney

    … podia ter 1h30 a menos. Sabe quando você lê um livro e percebe que a adaptação pro cinema sumiu com muitos detalhes pra caber em 2h de filme? Com O Hobbit: Uma Jornada Inesperada é exatamente o contrário. Pegaram um conto e arrastaram por quase 3h de duração. Claro, tudo muito bem feito, a exemplo da trilogia de Senhor dos Anéis, mas cansativo. Prova disso é a adoção da fórmula Disney de embormation: inserir músicas do nada na trama.

    O problema disso tudo é que a fórmula ficou bem repetitiva: anões se ferram, Gandalf some, Gandalf aparece pra salvar o dia. Sem mentira, isso aconteceu umas quatro vezes. O roteiro perdeu a mão e o ritmo.

    Peter Jackson jura de pé junto que dividiu o único livro em três partes para explorar alguns aspectos do universo da Terra Média que Tolkien teria deixado a desejar. Eu já vejo como: por que faturar apenas uma bilheteria quando você pode ter três, né? Não vejo nada de errado com isso, James Cameron faz isso desde sempre e nós não nos importamos.

     

    Mas vamos falar de coisa boa!

     

    Antes que todo mundo venha me xingar, O Hobbit é um filme decente. Tecnicamente ele até supera a trilogia de Senhor dos Anéis. Os últimos dez anos de tecnologia ajudaram bastante e o filme é encantador. Até eu fiquei com vontade de me mudar praqueles cenários lindos da Terra Média. A trilha sonora está ótima (lembra bastante Danny Elfman) e a equipe de maquiagem, figurino, efeitos especiais e direção de arte está de parabéns.

    Tá lindo, tá Disney

    Tá lindo, tá Disney

    Outra coisa que merece todo o meu respeito é a manutenção do elenco principal. Elijah Wood é o Frodo, Ian McKellen é o Gandalf, Hugo Weaving é o Elrond, Cate Blanchett é a Galadriel e Christopher Lee é o Saruman. Qualquer coisa que fugisse disso seria simplesmente errado. É bem bacana rever o elenco reunido, só seria mais legal se eles tivessem reunido a Sociedade do Anel completa, mas entendo que não seria pertinente. Legolas e Aragorn: a mulherada sentiu a falta de vocês, seus lindos!

    Ponto alto: Gollum é, foi e sempre será o meu xodó da Terra Média. A caracterização dele, que nunca deixou a desejar, está simplesmente impecável. Claro que a tecnologia ajudou, mas a atuação de Andy Serkis está genial. É, sem dúvida, a parte mais engraçada das quase 3h de história e o momento que me fez despertar de verdade pro filme.

    Our precious!

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