O que acontece se misturar ET com Cloverfield? Super 8!!

    Uma galerinha do barulho...

    Ok, o título já é um super spoiler do post, mas é a melhor definição que eu encontrei pra Super 8. Pra quem não sabe, é um filme dirigido por J.J. Abrams e produzido pelo xodó da galera: Steven Spielberg. Rolou todo um bafafá na Comic Com pela espera do filme, ou seja: expectativas mais altas que o Empire State. Sacou o contexto? Então vamos ao filme.

    Numa safra de filmes carentes de originalidade (convenhamos: Capitão América, Smurfs, Dylan Dog, Lanterna Verde e muitos outros a gente já conhece, né?), achei que assistir Super 8 daria uma boa refrescada na cabeça com ideias e situações novas, certo? Péééé! Errado! Já no começo do filme aquela pirralhada amiga já me lembrou algo como Conta Comigo ou Os Batutinhas (bem assim mesmo, é gurizada, gente!).

    Conforme a história foi se desenvolvendo, eu me lembrei de Cloverfield, que é do próprio JJ o jatin… oh wait, Abrams. Algo como “Cloverfield com cérebro” que acabou virando “Cloverfield for kids”. Porém, diferentemente da versão adulta, Super 8 não tem aquele lance de câmera nervosa no melhor estilo Bruxa de Blair. É um filme de aventura. Com alguns momentos adultos demais pra crianças, mas com um enredo simples demais para adultos. Tô pra entender qual era pra ser o público-alvo até agora.

    O problema foi quando a coisa correu pro lado ET da história. O filme, não alienígenas em geral. Sabe aquele negócio de que toda criança é pura, boazinha e corajosa o suficiente pra salvar o dia? Por aí. É só uma criança proferir algumas palavras de compaixão que tá tudo certo. Aí ninguém precisa explicar nada, né? Da onde veio o bicho, por que diabos ele tava tocando o terror e onde diabos ele aprendeu inglês! O que importa é que ele tá indo embora. Aí beleza, massa! Chama a prefeitura pra limpar a sujeira.

    Resumo da ópera: é legalzinho, bem Sessão da Tarde, porém, achei o roteiro bem mal amarrado. A irmã da Dakota Fanning é legal (melhor que os gritinhos da sista) mas a melhor parte é quando sobem os créditos (sem sacanagem, assistam!).

    Moral da história: ninguém é tão bom que não possa te decepcionar. Galera gosta do JJ Abrams porque ele é de Lost e Fringe, mas o pessoal esquece, por exemplo, que ele foi um dos roteiristas de Armageddon – que foi dirigido pelo meu maior ídolo, só que ao contrário: Michael Bay. O Spielberg já me decepcionou antes ao colocar o nome em Transformers que, vejam só, também é do Michael Bay! Interpretem.

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