Por que amamos o marketing de Deadpool 2

    Marketing de Deadpool


     

    Sequências de filmes não são fáceis, tanto pro estúdio como pra galera que trabalha na divulgação. Quando o primeiro filme foi um sucesso nos dois departamentos, a responsabilidade fica ainda maior. E é isso o que torna tão satisfatório ver a galera que cuida do marketing de Deadpool 2: eles continuam apostando nos absurdos da campanha do primeiro, mas ainda assim conseguem surpreender o público e tornar praticamente impossível ignorar a existência do filme – mesmo que você não queira ver. Ah, e parece que eles fazem isso brincando.

    Tentei separar alguns motivos que tornam essa estratégia de divulgação tão cativante e fundamental para levar tanta gente ao cinema:

    1. Humor que surpreende

    Já falei algumas vezes que a comédia pode ser um campo bem ingrato para os filmes, mas na franquia de Deadpool a coisa funciona. Ele começou fazendo tudo o que não se esperava de um filme de super-herói. A Marvel até testava suas piadinhas aqui e ali, mas nunca tinha se dado ao trabalho de fazer um filme que fosse uma comédia genuína. Claro que depois disso outros filmes do subgênero correram atrás, mas por questões de classificação indicativa, nunca alcançaram os patamares mais altos e respeitados da zoeira. Com classificação indicativa de 18 anos, o filme sai da alçada das produções de molecada e consegue apostar em piadas mais pesadas. Mesmo com uma estratégia espalhafatosa como a do primeiro filme, os canais e as mensagens para divulgar a sequência ainda conseguem surpreender o público e criar expectativa para o filme.

    Marketing de Deadpool

     

    2. Referências everywhere!

    Ninguém está a salvo de ser zoado por Deadpool 2 e sua equipe de Marketing. Desde as paródias com pôsteres de filmes icônicos, até algumas referências um pouco mais sutis, como a dramática balada interpretada por Celine Dion, consagrada pela canção de Titanic. De forma sutil ou escrachada, a galera do marketing sabe que o público vai captar as referências e se divertir com elas, mais ou menos com a sensação de “Eu não acredito que nem isso eles perdoaram”. Não, nem isso.

    Marketing de Deadpool


     

     

    3. Parcerias comerciais

    A galera de Deadpool sabe que está lidando com um produto valioso e tem tirado proveito disso. Não é de hoje que marcas se utilizam de personagens do cinema para promoverem seus produtos, mas com Deadpool o que poderia ser uma breve aparição acaba dando a tônica do comercial. Ah! E eu não sei como são esses contratos, mas no próprio espaço comercial de produtos que não tem nada a ver com o filme, a Fox aproveita para divulgar a produção. Uma mão lavando a outra.

     

    4. Estar onde o público está

    Divulgação nas ruas? Check. Na TV? Check. No cinema? Check. Nas redes sociais? Check, check, check. Que a estratégia de Deadpool 2 é ser a mais abrangente possível ninguém tem dúvidas. Mas, além de estar nos canais que nós já esperamos que o filme esteja, a galera do marketing ainda queima um pouquinho mais de neurônios pra colocar o cara onde ninguém espera que ele esteja. Exemplos práticos? No Tinder e no carro da pamonha. Apenas.

     

    5. Engajamento social

    Não é porque o filme lida com humor e zoeira o tempo inteiro que ele esteja alheio aos problemas da humanidade. Durante as filmagens a equipe recebeu um grupo de crianças em tratamento para o câncer no set e teve também a famosa campanha referente ao câncer de mama, quando o Deadpool vestiu uniforme cor-de-rosa. Nem os haters podem reclamar disso.

     

    7. Adaptar-se aos diferentes públicos

    Em vez de apostar em estratégias genéricas para o mundo inteiro, o estúdio aposta nas peculiaridades de cada país para fazer uma divulgação certeira. Você pode até não ter sacado a referência daquele teaser do programa do Bob Ross, mas com certeza curtiu a piadinha com o Rubinho na frente de todo mundo pra assistir o filme, não?

     

    7. Promover mais do que um filme: uma marca

    Com apenas um filme (e uma campanha monstruosa, é claro), Deadpool deixou de ser apenas um personagem ou um filme para se tornar uma marca. É mais ou menos como funciona com Star Wars: a gente nem se importa tanto se o filme não for aquiiiilo tudo (não pode ser péssimo, é claro), mas a estreia, a campanha, a sessão de cinema, tudo isso já faz parte de um evento maior que o próprio filme. Se no final das contas o filme for muito bom a gente sai no lucro, mas se não for sensacional a gente se diverte da mesma forma, nem que seja com a campanha de divulgação.

    Imagens: © 2018 Twentieth Century Fox Film Corporation

     


     

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