Líder de bilheteria nas primeiras semanas de exibição, Oz: Mágico e Poderoso está honrando o título na versão repaginada da Disney. A história é um prólogo da jornada de Dorothy, Espantalho, Homem de Lata e Leão, levada às telas em 1939 por Ian Fleming, tão conhecida por todos nós. Dessa vez conhecemos como Oz foi parar em Emerald City e por que há tanto mistério rodeando a charlatanice dele.
A nova versão é cheia de referências ao clássico, apesar da detentora dos direitos ser a Warner Bros: temos Glinda e suas bolhas, as duas bruxas más, os Munchkins fazendo um número musical, cavalos que mudam de cor, o campo de papoulas, a estrada de tijolinhos amarelos e os amigos da vida real que ganharam novos personagens em Oz. Encontramos referências ao Leão e ao Espantalho (não achei do Homem de Lata, se alguém percebeu, avisa pfvr). Ficamos sem os sapatinhos de rubi (todos chora) e sem saber quem era a bruxa do Leste e quem era do Oeste (eu até tenho um palpite). Fez falta, mas não tirou o brilho da história.
O visual é deslumbrante e os efeitos 3D foram muito bem feitos (vindo de mim isso é um baita elogio). Acredito que o fascínio de 2013 seja o mesmo das pessoas que assistiram ao filme em 1939, que pra gente já está bem datado em relação a cenários e efeitos especiais (quem aí se lembra da linha de náilon mexendo o rabo do Leão?).
O meu medo (e da maioria das pessoas que veio me perguntar do filme) era de que ficasse algo na linha de Alice no País das Maravilhas do Tim Burton, que decepcionou. Quanto a isso, podem ficar tranquilos, o histórico de filmes B deve ter ajudado Sam Raimi a não deixar a história bobinha e viajona. Oz não é um mocinho perfeito, ele é uma farsa e todos nós sabemos disso desde o clássico de Ian Fleming. Aliás, o papel de charlatão caiu bem demais em James Franco (que, pra quem não lembra, já trabalhou com Raimi na trilogia de Homem-Aranha). O papel também foi cogitado para Robert Downey Jr., que exageraria na dose de canastrice, e Johnny Depp, que deixaria a coisa meio Tim Burton, inevitavelmente.
O elenco feminino também está de parabéns, todas as bruxas são oscarizáveis de primeira: Rachel Weisz, já condecorada por O Jardineiro Fiel, Mila Kunis, indicada ao Globo de Ouro por Cisne Negro e Michelle Williams, que é praticamente a nova Kate Winslet das premiações, logo logo vem o dela. Todas lindas, apenas.