Resumo da 2a temporada de Dark
Se você não teve vários nós na cabeça ao assistir Dark ou você é muito inteligente ou não viu direito. Para se preparar para a 3ª temporada da série, fizemos este resumo da 2ª temporada de Dark, quando a treta fica ainda mais profunda e as relações de parentesco dos personagens ficam ainda mais confusas.
Pra lembrar direito quem é quem em todos os anos e quais as relações das famílias, recomendamos fortemente a leitura do nosso resumo da 1ª temporada, que tem até um esquema explicando de forma mais visual como todo mundo se conecta.
Vamos ao resumo da 2ª temporada de Dark
Logo no primeiro episódio matamos a saudade (que não tínhamos) do Noah: ele mais jovem e outro cara estão em 1921 escavando uma passagem que se tornaria o portal entre passado, presente e futuro. Noah mata o colega por não ter fé suficiente na organização à qual eles pertencem: Sic Mundus (mais pra frente vamos falar mais dela).
Mas a história tinha parado em Jonas indo para o futuro pós-apocalíptico, que agora já está em 2053. Winden parece Chernobyl e um grupo de sobreviventes é liderado por Elisabeth Doppler (a filha surda-muda de Charlotte). Neste cenário foi criada uma barreira para o acesso à usina e qualquer pessoa que ultrapassá-la é executada. Nada disso impede Jonas, que dá um jeito de burlar a segurança e entrar, encontrando uma massa negra escura, que logo descobrimos ser chamada de Partícula de Deus.
No presente, em 2020, Charlotte e seu novo colega Clausen investigam o desaparecimento de Mikkel. Eles interrogam com particular interesse o marido de Regina: Aleksander Tiedemann. Lembram que esse cara era o diretor da usina? Então, além da gente ainda não entender muito bem a identidade dele, o cara estava enterrando barris de lixo nuclear torcendo pra que ninguém encontre. Clausen descobre que o sobrenome verdadeiro de Aleksander é Köhler e que ele também tem um irmão que desapareceu em 1986. O motivo da troca de identidade permanece um mistério.
Paralelamente, Charlotte investiga as possibilidades de viagem no tempo e os estranhos eventos que estão acontecendo no presente de 2020. Ela descobre que o Estranho (Jonas adulto) tem páginas do livro de seu avô, H.G. Tannhaus. Ela possui uma treta familiar muito maior que vamos explicar mais pra frente.
Sic Mundus e o apocalipse em Winden
Lembra que as forças antagonistas da história são Noah e Claudia Tiedemann com o Jonas adulto? Então, a segunda temporada aprofunda um pouco mais esta dinâmica. Noah na verdade trabalha para uma organização chamada Sic Mundus, liderada por um tal de Adam (bem profético, ao usar o nome do primeiro homem da Bíblia). Adam é uma figura desfigurada que, com a ajuda de Noah, quer entender melhor o apocalipse de 2020.
Sim, em um presente próximo (esta expressão faz zero sentido) a cidade de Winden será tomada por um apocalipse. É justamente isso o que Claudia e Jonas tentam evitar, principalmente porque, em sua viagem a 2053, Jonas descobre que sua namorada Martha será morta neste apocalipse.
Só que mais pra frente o tal do Adam vai se revelar ser o futuro do próprio Jonas, confundindo ainda mais o espectador quanto às motivações do personagem e mostrando que o jogo literalmente virou. Em uma tentativa de evitar a morte de Martha, ele a leva para um bunker em 2020 na data do tal apocalipse. Mas ela foge e Adam acaba matando-a na frente de Jonas, alegando que ele precisa ver a morte da namorada para se tornar quem é.
A treta familiar de Charlotte pode mudar a teoria de viagem do tempo da série
Até agora Dark se apoia na teoria de que, mesmo com paradoxos temporais, os eventos já em andamento não podem ser mudados. As tentativas dos personagens em mudar o futuro com suas viagens ao passado são justamente o que desencadeia os eventos que eles querem evitar. É mais ou menos como acontece em Exterminador do Futuro: ao viajar para o passado e tentar evitar o nascimento de John Connor, o Terminator cria o cenário para que ele nasça.
Porém, uma treta familiar e o fim da 2ª temporada podem mudar isso. Em determinado momento Charlotte revela que ela não é neta de verdade de H.G. Tannhaus e que não conhece a identidade de seus pais. Não demora muito e nem precisa de um teste de paternidade do Ratinho para que Noah apareça revelando ser o pai de Charlotte. A identidade da mãe fica um pouco mais pra frente.
No último episódio, por meio de uma foto, vimos que a mãe de Charlotte é a Elisabeth de 2053. Caso você ainda não tenha se ligado do que isso significa a gente explica: a mãe dela é a filha dela. Boom! Isso faz sentido com o fato de Elisabeth não querer que ninguém se aproxime da usina e meio que mostrando em que lado da história ela está. Mas ainda não explica em que momento ela e o Noah se juntaram e muito menos quando foi que a Charlotte nasceu.
No final do último episódio, a Elisabeth de 2053 vai contra suas próprias leis e se aproxima da Partícula de Deus. Em 2020, Clausen vai atrás dos barris de lixo radioativo de Aleksander e Charlotte tenta impedi-lo de abrir o lixão. Só que Clausen ignora e abre mesmo assim, ao mesmo tempo em que Elisabeth ativa a Partícula em 2053 e ela é ativada em 1921. Isso faz com que os barris se tornem a própria Partícula, abrindo um portal entre 2020 e 2053 e fazendo com que a Charlotte do presente e a Elisabeth do futuro encostem uma na outra, mais ou menos como o Helge criança e o Jonas de 2019 fizeram no último episódio da primeira temporada. Isso ativa o tal do apocalipse.
Antes de ser atingido pelo apocalipse, Jonas é salvo por uma Martha de outra dimensão (já que a desta tinha sido assassinada por Adam). Isso abre a possibilidade de trabalharmos com multiversos, ou seja, várias linhas temporais com eventos diferentes, contrariando o formato de viagem no tempo que a série tinha adotado até aqui. Para a terceira temporada fica a certeza de que será ainda mais difícil encaixar todas as peças.
