Inferior é o Car*lho é um livro essencial para entender como as mulheres têm sido subjugadas pela ciência desde… bem, desde sempre. Escrito pela jornalista britânica Angela Saini e publicado no Brasil pela DarkSide Books, o livro mostra como estudos deixam de lado ou tentam justificar uma suposta inferioridade feminina, sempre rebatendo tais “estudos” com evidências ignoradas, dados não ou mal analisados e outros experimentos que refutam tais ideias, mas que acabaram não recebendo a mesma visibilidade.
Neste lembrete de que mulheres são e sempre foram f*da, separamos algumas personagens femininas de filmes – fictícias ou não – para lembrar que não existe inferioridade intelectual alguma e que mulheres devem sim ser ouvidas e respeitadas.
Já começamos com uma personagem real que foi interpretada no cinema por Taraji P. Henson. Esta matemática teve importantes contribuições na Nasa, inclusive com cálculos essenciais para o Programa Apollo, que permitiu a viagem do homem à Lua.
Leia a crítica completa do filme
Para o grande público, Joan é a esposa de um renomado escritor que está prestes a ser agraciado com o Nobel de Literatura. Porém, somente ela e o marido sabem que toda a obra dele é resultado do talento de Joan, que começou apenas revisando e fazendo ajustes (lê-se “reescrevendo”), mas que na verdade é a mente por trás de todos os best-sellers.
Leia a crítica completa do filme
Vamos combinar que se não fosse pela irmã, o Pantera Negra não iria muito longe na história. Ela é o gênio por trás de todos os trajes, veículos, equipamentos e gadgets que o herói usa, além de controlar tudo remotamente. Sem contar que a tecnologia dela deixa a do Homem de Ferro no chinelo.
Leia a crítica completa do filme
A primeira mulher negra promovida a chefe de departamento na Nasa também está aqui na lista. Além de ser matemática e de liderar uma equipe de mulheres na agência espacial, ela se especializou em computação e programação. No filme ela é a primeira a conseguir entender um super computador comprado pela Nasa mas que estava parado porque ninguém sabia usá-lo.
Também estamos falando de uma pessoa real aqui, que foi de mãe e dona de casa com problemas financeiros a uma grande empreendedora. Joy tinha uma visão para inventar coisas que resolvessem problemas do dia a dia e uma destas ideias deu certo graças à persistência dela – o “esfregão mágico”, que foi um sucesso de vendas pela TV e ajudou Joy a conquistar seu império.
Leia a crítica completa do filme
Vamos combinar que se não fosse pela Hermione o Harry nem teria sobrevivido ao primeiro filme, não é mesmo? A amiga estudiosa do protagonista não apenas ajudou Harry e Rony a passarem de ano, mas a sobreviverem às ameaças do mundo bruxo, principalmente envolvendo o vilão Lorde Voldemort. Hermione merecia um pouco mais de reconhecimento pela sua contribuição à saga.
Sim, este filme tem muita mulher poderosa. Mary Jackson foi ninguém menos do que a primeira engenheira da Nasa e só conseguiu isso porque conseguiu na justiça o direito a estudar e a obter esta formação. Já pensou não poder cursar uma faculdade só por ser mulher? Então, isso era super normal há muito pouco tempo atrás e é graças a mulheres como Mary que achamos esta prática um absurdo hoje em dia.
Quem disse que garotas vaidosas, que usam grifes e saltos são fúteis e burras? Elle Woods pode até ter tentado entrar em Harvard só pra conseguir o namorado de volta, mas foi graças aos próprios méritos que ela foi tão longe. Pra começar, não é assim fácil apenas “entrar” em Harvard, não é mesmo? Mas mais do que isso, ela entrou para um seleto programa de estágio e ganhou um difícil caso no tribunal ainda no seu primeiro ano de faculdade – além de se formar como oradora da turma. Pra quem acha que isso é fácil, vai lá e faz igual!
Leia é provavelmente uma das personagens mais injustiçadas da saga Star Wars. A gêmea de Luke, apesar do título de “princesa”, está longe de ser uma donzela em apuros – apesar do primeiro filme tentar nos convencer disso. Ela virou general e fez muito mais pela Aliança Rebelde do que seu irmão, que ainda estava “tentando se descobrir” nesse mundo. A Força sempre esteve com ela, e, mesmo sem treinamento Jedi, Leia é uma guerreira que merece todo o nosso respeito.
Morpheus pode até parecer o cara que sabe de tudo, mas foi Trinity que convenceu o cabeça dura do Neo de que ele era “o escolhido”, além de salvar o traseiro hacker dele mais de uma vez. É uma pena que a franquia tenha acabado relegando o papel dela ao de “esposa”, porque a Trinity podia ter muito bem liderado a guerra entre humanos e máquinas sem as empatadas do Neo, que entrou nessa só porque alguém decidiu que ele era uma espécie de messias. Mesma situação Hermione x Harry Potter aqui.
Apesar de ter um tempo de tela bem reduzido, Emmeline é a única personagem principal de As sufragistas que existiu de verdade. Ela foi a fundadora do Partido Sufragistas, que lutava pelo direito a voto das mulheres na Inglaterra. Embora o filme a retrate como uma quase celebridade intocável, Emmeline também foi presa e fez greve de fome, assim como tantas outras mulheres que militavam pela causa.
Leia a crítica completa do filme
Após se voluntariar para os Jogos Vorazes, Katniss usa a inteligência e suas habilidades de arqueira não apenas para sobreviver ao jogo – que só permite que o campeão saia com vida – mas para dar um xeque-mate e garantir um empate. Ela desafia o governo totalitário que impõe este jogo cruel e une diversos distritos por um novo modelo de sociedade.